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Diálogos Religiosos: Cotidianos e estruturas de poder

Ipojucan Dias Campos
Ivo Pereira da Silva (Orgs.)

Diálogos Religiosos:
Cotidianos e estruturas de poder

A reputação desse livro se concentra na diversidade. Este substantivo feminino é o seu ponto de partida. À vista disso, na Amazônia, os significados atribuídos pelos indivíduos à religião e à religiosidade escapam à compreensão de um observador apressado. Aliás, a pressa nunca foi boa companheira ao descortinamento de mundos diversificados como a Amazônia. Quando a usamos (a pressa) para deslocamentos nos interstícios religiosos do lugar em debate, acabamos não vendo nada. Assim, desse campo, o presente livro distancia-se. Por conseguinte, as multiplicidades a envolver estes eixos são sobejamente complexos, pois, sempre os construtores dos movimentos religiosos apresentam-se por meio de significativo poder: o do movimento. Ora, não é este “o campo” investigativo que cada artigo representa? Decerto que sim, porquanto, eles se afastam da cristalização de tudo aquilo a significar o monossilábico, o parado, o estanque.

O plural é a base de todos os estudos aqui apresentados. Em conformidade com isso, de surpresa em surpresa as formas em torno da religião e da religiosidade vão se desvelando como domínios impossíveis de serem vislumbrados instantaneamente, uma vez que, por exemplo, das reflexões acerca da Igreja Católica aos significados da genealogia Mórmon, “inexiste” outro caminho para compreendê-las que não seja a de vê-las na sua “infinita” multiplicidade de aspectos, de desejos, de aspirações do homem (não se fala de gênero) sobre outros homens. se modo, por meio de métodos diferentes e divergentes, os autores desta coletânea procuraram a todo custo “ver” e “fazer” – neste campo das Ciências Humanas – reflexões fundamentadas na multiplicidade, e tal princípio fizeram com que jamais perdessem de vista a concepção de que o apresentado significa tão somente uma forma, dentre várias, de leitura do objeto pesquisado.

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